Um grupo de cientistas, que analisou o cancro oral em ratos de laboratório, descobriu uma forma de prever a agressividade de tumores semelhantes em humanos, descoberta que pode ajudar a criar um teste de diagnóstico que guie o tratamento do cancro oral.
De acordo com os investigadores da Washington University School of Medicine, nos Estados Unidos da América, “todos os pacientes com cancros da cabeça e do pescoço em estado avançado recebem tratamentos semelhantes. Temos pacientes que se dão bem como combinações standard de cirurgias, radiações e quimioterapia e pacientes que não se dão tão bem com esses tratamentos. Queremos descobrir porquê.”
Os cientistas descobriram um padrão consistente de expressão genética associada à propagação do tumor nos ratos. Através da análise de amostras de cancro oral em humanos descobriram também esta assinatura genética em pessoas com tumores metastáticos muito agressivos.
“Não assumimos automaticamente que este modelo, com os ratos, fosse relevante para o cancro oral humano. No entanto, este reflete muito bem aquilo que se passa com a doença em pessoas”, referem os cientistas. “Já existem testes disponíveis para outros tipos de cancro, especialmente para o cancro da mama. São testes genéticos altamente transformativos que pode ajudar a gerir melhor os tratamentos dos pacientes, criando terapias ‘à medida’ do paciente. O nosso objetivo agora é criar algo desse género para oc cancros da cabeça e do pescoço”, concluem.